O culto começa; São 19:45h. Quem está a frente da liturgia começa fazendo as famosas “ministrações”, enfatizando “unção” e “determinismo”. Um louvor exaustivamente longo, prolongando por cerca de quarenta minutos entre danças, palmas, coreografias. Até que ponto as Igrejas resistirão a tanta soberba e desordem do pentecostalismo? “O senhor está no seu Santo templo; Cale-se diante dele toda terra” (Hc 2:20). Não há temor, nem reverencia, nem obediência. A adoração ao Senhor não deve ser feita de qualquer forma como algo reciclável. Ela nasce não só no coração como no intelecto de cada servo que reconhece seu estado de miséria e carência perpétua do senhor. Se o culto é suprimido, dando lugar a um verdadeiro espetáculo litúrgico, o nome do senhor deixa de ser glorificado, restando o barulho e a desordem em pleno santo Templo. A Igreja não necessita de “novos elementos” que mudam o caráter e o sentido do culto, mas de servos consagrados, reverentemente que adorem ao senhor, que prezem e se preocupem em viver de maneira digna e reta perante o senhor Deus. O cenário atual do evangelismo Brasileiro revela uma profunda crise na espinha dorsal da Igreja que abandonou o evangelho, puro e santo para dar lugar à teologias e heresias que recaem de maneira desastrosa sobre a vida espiritual do fieis. Não nos esqueçamos da Igreja de Corinto (I Cor 5), uma igreja repleta de impurezas, sendo necessária uma dura palavra de exortação do Apóstolo Paulo. E a Igreja de Hoje: será que não vive a mesma Crise da Igreja de Corinto? Uma Igreja que não disciplina, que não exorta, que não preza pelo zelo da Santa Palavra.
Que Deus nos ajude e nos mostre o caminho para que Voltemos ao Evangelho.
Lucas Guimarães Barros