terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Milagre do Natal

De acordo com os Evangelhos, o nascimento de Jesus Cristo foi cercado de eventos sobrenaturais (Mateus 1:18—2:23; Lucas 2:1-52). Entre eles encontramos diversas aparições de anjos, revelações diretas de Deus mediante sonhos, uma estrela brilhante sobre o local exato onde jazia o menino, além de coincidências da história do menino Jesus com textos dos profetas antigos de Israel. O nascimento de Jesus em Belém, sua fuga para o Egito e seu retorno, e a morte das crianças ordenada por Herodes são vistos como cumprimentos de profecias específicas que podem ser encontradas no Antigo Testamento.
Tudo isso sem falar no maior de todos os milagres, que foi a concepção e nascimento virginais de Jesus pelo Espírito Santo.
Portanto, o nascimento de Jesus Cristo, o fato central do Natal, só faz sentido para aqueles que recebem esses relatos em fé, como fatos históricos, eventos que tiveram lugar na história, e que tornam o nascimento de Jesus diferente e distinto do nascimento de todos os demais seres humanos. Essa fé não é cega, mas escorada em dois mil anos de história, no testemunho de milhares de pessoas, e especialmente no relato dos Evangelhos.
Despido do seu caráter sobrenatural, o Natal passa a ser apenas uma data festiva do calendário mundial, cultural, e comercial. Nada mais é do que o aniversário de um homem, mesmo que tenha dividido a história do mundo em antes e depois dele. Quando, porém recebemos em fé os relatos bíblicos, o Natal adquire o seu verdadeiro significado, a saber, o nascimento do Filho de Deus, a encarnação do Deus eterno na pessoa do menino Jesus, para nos salvar dos nossos pecados.

Rev. Augstus Nicodemus Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie